Quando uma ILPI é fechada por maus-tratos, não é apenas aquela instituição que sofre as consequências. É toda uma rede de profissionais, gestores, cuidadores e familiares que sente o golpe silencioso da desconfiança pública.

Porque a manchete nunca diz:
“A Instituição X cometeu um ato isolado.”
Ela diz:
“Casa de repouso é interditada por insalubridade.”
“Asilo é acusado de abandono e negligência.”

E isso reforça um estigma injusto: o de que ILPI é lugar de fim de vida. Que é sinônimo de abandono. Que quem ali trabalha é omisso ou desumano.

Mas quem vive essa realidade sabe: há mais histórias de afeto do que de falha, mais dedicação do que omissão. Só que essas histórias quase nunca chegam às manchetes.

Por que isso dói?

Dói – porque há quem transforme cuidado em missão.
Dói – em quem acorda cedo, treina equipe, organiza medicação, prepara alimentação, escuta histórias, seca lágrimas, distribui carinho.

Dói – porque sabemos a verdade que raramente vira notícia:
a maioria das ILPI cuida — e cuida muito bem.

Sim, existem falhas. E elas devem, com toda firmeza, ser combatidas. Maus-tratos não têm desculpa. Ponto final.

Mas é justamente por isso que não podemos mais ser ilhas isoladas, cada uma cuidando do seu terreno enquanto a maré afoga ao lado.

E se a gente se unisse?

Se queremos mudar o medo, o preconceito e o estigma que rondam as ILPI, precisamos fazer algo novo: NOS UNIR.

Criar pontes entre nossas práticas. Compartilhar o que dá certo. Mostrar — com coragem, beleza e verdade — que a maioria das instituições é feita de cuidado, profissionalismo e gentileza.

Gentileza que Protege — Arte e Cultura nas ILPI

Um movimento inédito. Um convite nacional.
Um grito manso e poderoso ao mesmo tempo.

Públicas, privadas, filantrópicas — TODAS estão convidadas.

Não importa o porte, a localização ou a natureza jurídica da ILPI.
O que importa é o cuidado que acontece ali, todos os dias.

Queremos mostrar o que a manchete não mostra.
Revelar os bastidores do cuidado verdadeiro — aquele que acontece quando ninguém está filmando.

Como participar?

Você pode enviar qualquer expressão artística ou afetiva, como:

  • Roda de música e canto que ilumina sorrisos

  • Horta comunitária que desperta memórias e troca

  • Mural de fotos que celebra vidas e histórias

  • Oficina de arte ou artesanato com mãos que criam afeto

  • Encontros intergeracionais entre idosos e crianças

  • Relatos e depoimentos sobre vínculos e afetos reais

Use o formato que fizer sentido: vídeo, foto, poesia, teatro, pintura, relato… O essencial é que seja verdadeiro, carregue afeto e conte a alma da sua instituição — não a perfeição, mas o cuidado autêntico.

O que importa não é a forma. É a VERDADE.

E os prêmios?

Além de ser um ato de coragem e representatividade, os três primeiros colocados ganham:

  • Uma assinatura anual como ILPI Parceira da Revista Cuidar

  • Publicação especial no site da revista, com destaque para sua prática com visibilidade nacional + certificado digital em nome de cada participante.

  • E principalmente: reconhecimento público de que ILPI é lugar de vida

O verdadeiro prêmio?

É virar o jogo.
É mostrar que a gente existe.
E que a gente cuida MUITO BEM.

Como se inscrever?

  1. Acesse a página do concurso: https://revistacuidar.com.br/concurso-gentileza-que-protege/

  2. Preencha o formulário com os dados da sua ILPI –

  3. Envie sua arte até 4 de junho

Não se preocupe com estrutura elaborada.

Preocupe-se com o que importa: seu olhar, sua história, sua verdade.

Divulgação dos resultados dia 13 de junho às 14h00.

Quem pode participar?

Profissionais de ILPI, residentes, familiares ou voluntários, é preciso indicar o CNPJ da ILPI para a premiação.

Gentileza também é denúncia

Gentileza é resistência. Gentileza protege.

Vamos juntos — de Norte a Sul — mostrar que ILPI não é fim de nada.
É começo de vínculos, encontros, afeto.
Somos mais do que instituições: somos pessoas, laços e histórias.

Somos ILPI.

APOIO INSTITUCIONAL

Sensibilização nacional ao Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa (15 de junho)

About the Author: Aline Salla

Fundadora e Diretora editorial da Revista Cuidar

5 Comments

  1. Clecia dias de Lima germano 22/05/2025 at 09:32 - Reply

    Muito interessante,enriquecedor, fortalecimento das ilpis

  2. Adriana Carla da Silva Souza 22/05/2025 at 09:32 - Reply

    Achei o artigo muito sensível e necessário. Ele destaca com profundidade o valor do carinho e da dedicação dos profissionais que atuam nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). É tocante perceber como esses trabalhadores, muitas vezes anônimos, constroem vínculos verdadeiros com os idosos, oferecendo não só cuidados técnicos, mas também amor, atenção e respeito. O texto me fez refletir sobre a importância da humanização no cuidado e como um simples gesto de afeto pode transformar a vida de quem depende desse acolhimento no dia a dia. Uma leitura que emociona e valoriza quem cuida com o coração.

  3. Kenia Dias 22/05/2025 at 16:11 - Reply

    Um artigo com palavras sensíveis, que toca a alma de quem trabalha dentro de uma ILPI e vice no dia a dia dificuldades e também momentos de muita alegria, generosidade e amor.De fato chamar as pessoas para conhecerem o que tem de bom dentro das ILPIs.Desmistificar essas instituições e mostrar o que temos de melhor.Mostrar para além dos muros das ILPIs o nosso amor e todo cuidado que existe para cada residente.

  4. Silvana Gambi 22/05/2025 at 17:30 - Reply

    Texto lindo e necessário . Realmente é o que acontece

  5. Vanessa de Oliveira Mifarreg 22/05/2025 at 18:14 - Reply

    Achei maravilhoso, e concordo com o texto tem muitas pessoas que pensam desta forma , que uma ILPI “é fim de vida “, que nós profissionais da saúde tratamos as pessoas com maus tratos, quando na realidade AMAMOS o que fazemos, e cada pessoa que cuidamos se torna nossa segunda família. Não tem como ser diferente, cada um depende de nós e o que pudermos fazer para que eles tenham uma qualidade de vida melhor, e que se sintam que são amados, vamos fazer.

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5 Comments

  1. Clecia dias de Lima germano 22/05/2025 at 09:32 - Reply

    Muito interessante,enriquecedor, fortalecimento das ilpis

  2. Adriana Carla da Silva Souza 22/05/2025 at 09:32 - Reply

    Achei o artigo muito sensível e necessário. Ele destaca com profundidade o valor do carinho e da dedicação dos profissionais que atuam nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). É tocante perceber como esses trabalhadores, muitas vezes anônimos, constroem vínculos verdadeiros com os idosos, oferecendo não só cuidados técnicos, mas também amor, atenção e respeito. O texto me fez refletir sobre a importância da humanização no cuidado e como um simples gesto de afeto pode transformar a vida de quem depende desse acolhimento no dia a dia. Uma leitura que emociona e valoriza quem cuida com o coração.

  3. Kenia Dias 22/05/2025 at 16:11 - Reply

    Um artigo com palavras sensíveis, que toca a alma de quem trabalha dentro de uma ILPI e vice no dia a dia dificuldades e também momentos de muita alegria, generosidade e amor.De fato chamar as pessoas para conhecerem o que tem de bom dentro das ILPIs.Desmistificar essas instituições e mostrar o que temos de melhor.Mostrar para além dos muros das ILPIs o nosso amor e todo cuidado que existe para cada residente.

  4. Silvana Gambi 22/05/2025 at 17:30 - Reply

    Texto lindo e necessário . Realmente é o que acontece

  5. Vanessa de Oliveira Mifarreg 22/05/2025 at 18:14 - Reply

    Achei maravilhoso, e concordo com o texto tem muitas pessoas que pensam desta forma , que uma ILPI “é fim de vida “, que nós profissionais da saúde tratamos as pessoas com maus tratos, quando na realidade AMAMOS o que fazemos, e cada pessoa que cuidamos se torna nossa segunda família. Não tem como ser diferente, cada um depende de nós e o que pudermos fazer para que eles tenham uma qualidade de vida melhor, e que se sintam que são amados, vamos fazer.

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